13.6.11

hum,hum...

Porque é que a cabeça pensa sem a controlarmos?
Acordamos de manhã já com ideias a atormentar-nos, a tirar-nos o sossego, a matar devagar um dia que prometia ser normal.
Estas ideias nunca são pacíficas, nunca convivem connosco numa amena harmonia, quando desocupamos o cérebro por segundos, lá voltam elas sorrateiras, prontas a massacrar.
Nunca se resolvem por si, têm sempre que causar dano tantas vezes irreparável, tantas vezes sem sentido.
E ficam, o tempo que lhes damos até elas se apoderarem do nosso.
São outros pensamentos que combatem nesta batalha de inseguranças e medos e alienações e angústias, são explosões e dramas e gritos. Tudo dentro deste cubículo que é a cabeça humana, o mais complexo e desconhecido de todos os espaços.
Mas tudo passa, o tempo é uma espécie de corda que alguém puxa por nós, o nosso tempo. Esse alguém que nunca está de acordo com o que queremos, que puxa a corda com força quando a queremos lenta, pausada para gozar os momentos bons com que nos cruzamos pelo caminho e que marca devagar as horas de pensamentos inúteis, dessas ideias absurdas.

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