19.10.10

saudades

Há meses que não vinha aqui...tive que limpar centenas de teias de aranha.
Talvez porque a vida tomou aquele rumo de modorra que nada acrescenta. Nada acontece a não ser aulas e trabalhos, horários e trânsito.
Por falar em trânsito, esta história das SCUT veio estragar um esquema bem montado, agora que tenho aulas em Vairão, onde o diabo perdeu muito mais que as botas, é que se lembraram de pôr portagens na A28.
O "Bolinhas" não aguenta tanto tempo em filas, enerva-se muito e começa a deitar fumo. É um grande drama!

16.7.10

férias e memórias

Estou de férias,oficialmente!
Não sei é se isso é bom ou não, porque estes dias têm sido muito pouco animados.
Hoje vim aqui partilhar o problema dos amigos que não se vêem há séculos. Ontem estive com a Xana, uma amiga de escola que ficou para a vida. É sempre divertido encontrarmos pessoas que seguiram caminhos que já não se cruzam com os nossos de forma frequente e espontânea. O exercício de vasculhar a memória é partilhado. E ainda nos rimos deste ou daquele episódio...

12.7.10

passou por mim e sorriu- Deolinda

Ele passou por mim e sorriu,
e a chuva parou de cair
O meu bairro feio tornou-se perfeito,
e o monte de entulho, um jardim
O charco inquinado voltou a ser lago
e o peixe ao contrário virou
Do esgoto empestado saiu perfumado
um rio de nenúfares em flor

Sou a mariposa, bela e airosa,
que pinta o mundo de cor-de-rosa
Eu sou um delírio do amor
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar,por favor!

No metro, enlatados, corpos apertados
suspiram ao ver-me entrar
Sem pressas, que há tempo, dá gosto o momento
e tudo o mais pode esperar
O puto do cão com o seu acordeão
põe toda a gente a dançar
E baila o ladrão com o polícia pela mão
esvoaçam confétis no ar

Sou a mariposa, bela e airosa,
que pinta o mundo de cor-de-rosa
Eou sou um delírio do amor
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar,por favor!

Há portas abertas e ruas cobertas
de enfeites de festas sem fim
E por todo o lado, ouvido e dançado,
o fado é cantado a rir
E aqueles que vejo, que abraço, que beijo
falam já meio a sonhar
Se o mundo deu nisto, e bastou um sorriso,
o que será se ele me falar?

Sou a mariposa, bela e airosa,
que pinta o mundo de cor-de-rosa
Eu sou um delírio do amor
Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor! 

6.7.10

assim

porque me deixas assim?
sem noção, sem perspectiva?
ao teu lado sinto-me exposta, sem saída, sem o milhão de caras que adopto, sem as capas que protegem , sinto-me perdida
mas é um rodopio, uma vertigem
teimo em embarcar, teimo em ir atrás de ti
não pela segurança
não pelo conforto
mas pela luta, pelo gozo que dá mergulhar
o tempo passa, não ajuda a aclarar ideias, complica,traz pressa, traz pressão
porque me deixas assim?

17.6.10

dia e noite

Boa noite!
Para alguns é o inicio das férias, para outros o inicio da incerteza, para mim é só o inicio de uma época de exames chata como todas as outras, também da incerteza mas pelo aperto que dá cada dia que passa em direcção a uma espécie de sentença.Amanhã começa mais um corredor da morte.

13.6.10

Gente della notte

La notte è più bello, si vive meglio,
per chi fino alle 5 non conosce sbadiglio,
e la città riprende fiato e sembra che dorma,
e il buio la trasforma e le cambia forma
e tutto è più tranquillo tutto è vicino
e non esiste traffico e non c'è casino
almeno quello brutto, quello che stressa,
la gente della notte sempre la stessa
ci si conosce tutti come in un paese,
sempre le stesse facce mese dopo mese
e il giorno cambia leggi e cambia governi
e passano le estati e passano gli inverni,
la gente della notte sopravvive sempre
nascosta nei locali confusa tra le ombre.
La gente della notte fa lavori strani,
certi nascono oggi e finiscono domani,
baristi, spacciatori, puttane e giornalai,
poliziotti, travestiti gente in cerca di guai,
padroni di locali, spogliarelliste, camionisti,
metronotte, ladri e giornalisti,
fornai e pasticceri, fotomodelle,
di notte le ragazze sembrano tutte belle,
e a volte becchi una, in discoteca,
la rivedi la mattina e ti sembra una strega,
la notte fa il suo gioco e serve anche a quello
a far sembrare tutto, tutto un po' più bello.

Parlare in una macchina davanti a un portone
ed alle quattro e mezzo fare colazione
con i cornetti caldi e il caffelatte
e quando sorge il sole dire buonanotte
e leggere il giornale prima di tutti,
sapere in anteprima tutti i fatti belli e brutti,
di notte le parole scorrono più lente
però è molto più facile parlare con la gente,
conoscere le storie, ognuna originale,
sapere che nel mondo nessuno è normale.
Ognuno avrà qualcosa che ti potrà insegnare,
gente molto diversa di ogni colore.
A me piace la notte gli voglio bene
che vedo tante albe e pochissime mattine,
la notte mi ha adottato e mi ha dato un lavoro
che mi piace un sacco anzi io l'adoro.

10.6.10

Mais uma pequena posta

Esta semana foi intensa, 72h quase de directa em frente a este mesmo pc, apenas trabalho...
Resultado: olheiras até ao chão,uma sensação estranha de insatisfação, os olhos a deixar de obedecer e a fecharem-se a toda a hora.
Agora, a saga de entregas e exames continua.

28.5.10

O Sol e o neurónio

Bem, esta é a breve história de alguém que se vê fechada em casa, em frente a um computador enquanto o Sol, esse atrevido insensível, se ri descaradamente da desgraça daqueles que não têm o dom de parar o tempo, de mandar tudo às urtigas e aproveitar os seus raros raios.
A Primavera tem um mistério qualquer...

18.5.10

Estou viva e não me recomendo

Olá,olá!!!
Só passei aqui para dizer que estou viva,que a Queima foi mesmo demais (obrigado a todos pela companhia e animação,"hei-de ter Alzheimer"...para ti,poeta..;) ), que o Sol chegou aqui à Invicta (finalmente...),que a Final da Taça foi mais um momento memorável....

16.4.10

Um pormenor...

Está a chegar mais uma Queima das Fitas do Porto....
Aqui fica o sitio onde podem verificar se algo vos agrada nos múltiplos cartazes para este ano...
                             Cartazes da Queima...

Novo mês...coisas de sempre

É isso...
O mesmo dia-a-dia, os mesmos rostos, as mesmas datas de entrega, as mesmas correrias, até o mesmo boletim meteorológico...
Por tudo isto...

I try not to think about the distance of the setting sun
I try not to think about the rain
I try not to think about the saints and sinners, who have more fun?
I try not to think about the rain
I try not to think about the evil empires and stupid fools
I try not to think about the rain
I try not to think about the regulations and the rules
I try not to think about the rain

Oh oh oh
What's wrong with me?

I try not to think about the money, the mortgage on my home
I try not to think about the rain
I try not to think about the voice mails, e-mails, angry females on the phone
I try not to think about the rain
I try not to think about the job and all responsibilities
I try not to think about the rain
I try not to think about my TV, BBC or MTV
I try not to think about the rain

Oh oh oh
What's wrong with me?
Oh oh oh oh
What's wrong with me?

I try not to think about the planets when they line up wrong
I try not to think about the rain
I try not to think about the future or the future, so on and so on
I try not to think about the rain

Oh oh oh
What's wrong with me?
Oh oh oh oh
What's wrong with me?

31.3.10

Landslide - Smashing Pumpkins


I took my love, I took it down
I climbed a mountain and I turned around
And I saw my reflection in the snow covered hills
'Til the landslide brought it down
Oh, mirror in the sky, what is love?
Can the child within my heart rise above?
Can I sail through the changing ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?
Well, I've been afraid of changing cause I've
Built my life around you
But time makes you bolder
Even children get older
And I'm getting older, too
Well, I've been afraid of changing cause I've
Built my life around you
Time makes you bolder
Even children get older
And I'm getting older, too
I get older, too
I took my love and took it down
I climbed a mountain, I turned around
And if you see my reflection in the snow covered hills
The landslide brought it down
The landslide brought it down

15.3.10

trabalho e mais trabalho

Pois é, já passaram mais de duas semanas desde o regresso à invicta...
O trabalho para todas as cadeiras já abunda e as saudades de alguns pormenores dos últimos meses também...
Não há nada de relevante para contar e o tempo também não é muito mas prometi a mim mesma não deixar morrer este hábito de escrever neste blog.
Os dias já começam a ser maiores e a vontade de passear tem crescido com eles, mas gestão, construção e projecto chamam-me à realidade e volto para a frente do computador...
Voltou também a dúvida, a questão que me ocupa a cabeça...
Porque será que é tudo tão difícil? 

3.3.10

Back to reality

Bem,aqui estou eu de volta a terras lusitanas...Agora a sério e sem "second round"...
O trabalho na faculdade já abunda e daí só estar a actualizar agora este que foi o muro das lamentações, o ombro dos desabafos ou o companheiro de gargalhadas destes últimos meses...
Depois de 6 meses de verdadeiras "férias" tenho agora um horário que à primeira vista parece leve mas que se resume a 3 (sim,sou meia louca) cadeiras de projecto com trabalhos espalhados um pouco por toda a cidade.
Não estranhem, porém, a minha ausência porque está-me cá a parecer que vou hibernar por estes dias.
Ah,mas falta aqui um ponto...o dia do regresso.
Pois é, com 3 malas e no comboio a caminho do aeroporto (obrigado Fernando, sem ti não ia a lado nenhum) fui pensando que era a altura ideal para regressar à base.
Chegada ao aeroporto encontro uma verdadeira comitiva tuga de regresso também à terra que os viu nascer.
Como bons tugas que somos armamos o verdadeiro acampamento cigano e depois das últimas compras lá seguimos viagem.
À chegada,cá estavam todos os pais e alguns amigos muito especiais à espera dos retornados.
É bom ir mas é fantástico ter para onde regressar...

26.2.10

A palavra "último"

Estou neste momento a 24 horas de voltar para Portugal.
Cada coisa que faça a partir de agora será a última vez que a faço em Erasmus.
A palavra "último" tem a conotação pesada de irreversibilidade, de fatalidade do destino...
Mas eu estou a viver O último com aquela calma anormal que temos quando sabemos que nada acabou realmente aqui.
Só posso agradecer a todos os que se cruzaram comigo nestes 6 meses, a todos os que, apesar de todas as diferenças, se vão manter por perto mesmo estando longe, a todos os que estando perto vão continuar ainda mais perto, no fundo a todos os que entraram comigo nesta viagem à descoberta do que somos capazes, do que somos na realidade.
Nada a partir daqui vai ser igual, como diria alguém dos que se tornaram importantes, dos que fizeram realmente a diferença, "Os meninos da universidade vão para essa coisa do erasmus para aprenderem a cozinhar, a lavar a roupa, a pagar as contas e a embebedarem-se com bebidas estrangeiras. No entanto há os que vão "lá fora" mudar a sério, ainda que não se veja. ".
Saio daqui a concordar com tudo isto.

23.2.10

Recta final

Pois é, tal como diz o título, estou quase "de partenza" como diria a Dona Cidália do IPSAR.
Hoje foi o primeiro de uma maratona de três exames que tenho esta semana, mais uma aprovação fácil com um digníssimo 26/30.
Na quinta-feira tenho dois exames há mesma hora, depois de enviar um mail ao professor de umas das cadeiras a perguntar se posso ser a última a fazer exame para poder ir ao outro recebo a seguinte resposta:
"si"
e mais nada.
Já me sinto em plena viagem de regresso, o tempo aqui acabou sem sobressalto, sem a temida "depressão pós-Erasmus", aliás, com uma vontade enorme e um desejo incontrolável de voltar.

20.2.10

Cúmplices - Mafalda Veiga


A noite vem às vezes tão perdida
E já nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto
Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Trocamos as palavras mais escondidas
E só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer
Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
Olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

18.2.10

Resposta em local próprio

Um dia destes disse-te "és especial" e tu ficaste com o ar menos provável...não sorriste nem agradeceste, na verdade até pareceu que estavas ligeiramente surpreendido ou atrapalhado.

Talvez tenhas feito aquilo que fazes tão bem, ler-me o pensamento como se fosse um livro aberto, e tenhas percebido logo a dimensão de uma expressão tão simples e usada normalmente com um sentido tão mais leve.
Talvez tenhas simplesmente tentado ignorar e isto seja tudo uma construção da minha cabeça fértil.
Talvez tenhas entendido simplesmente.

Espero não ter causado demasiada confusão, só a fisicamente suportável para um período longo.
Espero, na verdade, ter causado a confusão suficiente para dizeres que valeu a pena.

Desculpa qualquer coisinha...

17.2.10

surpreeeesaaaaaa!!!!

Aqui estou para mais uma actualização deste quase diário...
Domingo acordo muito descansada e com o peso de mais um ano às costas,pronta para ir (finalmente!) ver o Papa...mas antes,supostamente iria-mos passar em Termini para ir tratar de um qualquer assunto do Luís,eis senão quando e para minha grande surpresa,atrás do Luís aparece....xarannnnn...adivinharam...a CATARINA!!! Eheheh!!! Foi uma visita relâmpago mas valeu mesmo a pena,ainda deu para ir ao interior da Basílica de San Giovani in Laterano,visto que a menina já tinha passado lá milhares de vezes sem nunca entrar.
Pois é,foi o meu aniversário e (confesso que já desconfiava ligeiramente) o pessoal daqui do prédio fez-me um jantar fantástico com direito a decoração de S.Valentim e asas de anjo para mim e tudo (não percebi muito bem   a parte das asas...). Devo agradecer aqui publicamente o jantar e o melhor presente que podia ter recebido.
Segunda-feira, mais um dia booomm...chegou a Bia,uma amiga da faculdade que já não via há 6 meses e confesso que as saudades já faziam algumas cocegas...Fica até dia 21...Ehehe!!
Terça-feira, mais uma cadeira feita,desta vez não com uma nota brilhante mas,ao que eu vi, ter-me safado já foi um grande feito,mais de 50% de reprovações num exame à partida fácil é obra...
Quarta-feira, dia de despedidas com sabor a gelado de 75cent...o Miguel vai embora amanhã.

Já está feito o resumo da semana, agora que as coisas entram em velocidade de cruzeiro em direcção ao inevitável fim.

12.2.10

Neve em Roma???

Conhecem a expressão "Só acredito vendo"??
Pois,foi +/- isso que me aconteceu hoje,ou melhor de ontem para hoje...
O frio prometia mas nada fazia realmente adivinhar,a meteorologia avisava mas eu cá estava de pé atrás...
E de repente,quando acordo esta manhã,alguém diz ensonado "Está realmente a nevar!!"
E estava,a princípio a medo iam caindo alguns flocos daquela matéria branca que encanta crianças e adultos e atrapalha a já de si caótica Roma.
Entretanto (intervalo para um exame de História da Arquitectura) a chuva volta a instalar-se,mas a neve não se dá por vencida e começa de novo a cair, agora já não a medo,mas em força. Grandes flocos brancos cobrem a cidade aos poucos.
E o resultado?
É este:

10.2.10

il primo esame

Bem,não estranhem esta ausência,a verdade é que não se tem passado nada de relevante nestes últimos dias em Roma.
Mas agora,e para algo completamente diferente....O primeiro exame em Itália...o grande Hum?!?
Bem,para começar o exame estava marcado para dia 8...estava porque no dia 7 à noite recebi um mail com o adiamento para dia 9 às 15:30h..
Saio eu de casa com quase uma hora de antecedência e a professora só resolve aparecer já perto das 16h (típico...)
Depois de procurar uma sala,descobrimos que também era algo raro,então (coisa impensável...) acabamos a fazer exame oral num vão de escada (literalmente) do último piso onde se encontram os "arrumos"...lindo!
Sem saber o que ia lá fazer,sem ter feito os trabalhos que era suposto,sem preparação quase nenhuma...PASSEI!! E com 24!Incrível!
Ah, falta só acrescentar que só estava lá eu e outra rapariga com dois professores...
Amanhã há outro exame,já não conto com a sorte de principiante nestas andanças e tenho a sensação de que desta me vou espalhar ao comprido...
Ai,ai!!Vida dura esta de Erasmus...

3.2.10

Até quando?

Despertar é preciso

"Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim 
e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, 
e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, 
Já não podemos dizer nada."

Vladimir Maiakovski

2.2.10

Túlipas e coffeeshops

Desculpem lá a ausência...
Eu e o Miguel decidimos dar uma escapadinha de 4 dias à Holanda.
Destino: Eindhoven e Amsterdam.
Foi mesmo porreiro!! 
Eindhoven surpreendeu muito pela positiva como cidade para viver,acho que noutra vida nem me importo de fazer Erasmus por aquelas bandas.
Que Amsterdam é brutal toda a gente já sabe mas com neve e aquele frio gelado ainda foi mais giro (por incrível que isto possa parecer).Além disso, já tinha saudades de viajar com alguém e digamos que a companhia não desiludiu.Aproveitamos para fazer uma free tour (onde,como bons tugas que somos,não deixamos nem um cêntimo) com um guia australiano que nos contou coisas peculiares sobre a cidade (um dia destes alongo este tema).  
Agora definitivamente de regresso a Roma, esperamos arranjar a concentração suficiente para os exames que já se vêem no fundo da rua...

24.1.10

Luz vaga - Mesa



Luz vaga, luz vesga, a tua cruz
Já não sai da cama, a minha luz
Da sala, do quarto


Pilha a palavra
Troca a quantidade, do assunto modal
A tensão está normal
O lábio fora da boca,
A boca fora do mal


Os teus olhos não são de gente
O teu ar foge para cima
Tens a perna no cimento,
Tens a mão no pensamento


Ciclope, cicloturismo
Na parte de fora, na nesga do abismo
Imaginário que remete, para onde ainda não fui


Convite ao Universo
Com a tua própria câmara
Fecho a luz num olho
Prego a tábua à sensação

Som da casa, quando não estás...

Dancei para te ver aqui,
eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar? Sim
Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar,
tenho uma corda acesa, prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério.
Vou saltar em teu lugar.

Sei que nada mais pode me ajudar

Atrasa o passo
Leva o lenço à boca
Fica na mira do choque frontal
Não é doença, é um animal
Um ruído feito no acto de fingir 
seres mau, mesmo a dormir

20.1.10

Dias iguais

Estou a escrever só porque prometi a mim mesma que iria mantendo isto actualizado...
Quase a fazer um mês neste round II em Roma,começo a pensar no regresso (sim,eu sei que ainda há uma época de exames pela frente) e em tudo o que quero fazer quando voltar.
Vai ser um "back to reality" demasiado chocante ou por outro lado vai ser mesmo bom voltar a casa?!?
Não sei,esperam-se as cenas dos capítulos finais desta saga...
Antes disso ainda há uma viagem à (dizem) liberal Holanda e quem sabe uma escapadela de um fim-de-semana de aniversário a uma qualquer cidadezita com neve...
Para já os dias decorrem amenos e iguais na agitada capital italiana.

18.1.10

Mais um final trágico...

É com pesar que anuncio mais uma morte no seio da ReTu14...
Desta vez foi o nosso pequeno peixe Torze que decidiu também (e lembre-se,depois de uma tentativa gorada...)  deixar-nos no mais triste e profundo luto...
"Paz à sua alma",como diria a mais devota habitante desta cada vez menos populosa república...

17.1.10

Viagens-parte II (ou mais)

Cá estou eu de volta à base...
Depois de 4 dias por terras a Norte,Praga e Frankfurt foram os destinos de mais uma aventura,desta feita "all by myself",volto agora para deixar aqui mais meia dúzia de letras.
Cheia de "pouca vontade" de me levantar lá fui eu rumo a Ciampino para apanhar o avião que me levaria a uma seca de 9 horas em Frankfurt,visto que só à noitinha teria voo para Praga.Nessa bela localidade fui recebida por  uns FAUPianos porreiraços que me deixaram pernoitar duas noites na sua residência,junto a um estádio que,vim a saber depois,já foi um dos maiores do mundo (já deve ter sido muito antes do Euro2004 com certeza).
Praga é uma cidade linda com neve!
Sexta-feira à noite voltei a Frankfurt-Hahn (o aeroporto que foi a minha casa nas duas noites que se seguiram).Na 1ª noite conheci um checo que ia a caminho de Valencia (Erasmus...)que me explicou muita coisa sobre Praga e não só
Ainda deu para uma escapadela de umas horas para ver a cidade dos tostões onde está o banco central europeu.Depois de mais uma noite no chão macio e confortável do aeroporto,estou de regresso à "não-civilização" com um punhado de histórias giras e a suspirar por mais viagens...



10.1.10

Volto para casa a pensar na mesma coisa - Nuno Prata


Volto para casa a pensar na mesma coisa.
Mas, vendo bem, a coisa até mudou.
Não necessariamente para melhor.
Ou melhor…
Para melhor, para melhor:
quando a coisa muda é sempre para melhor.
Ainda que
volte para casa a pensar na mesma coisa.
Ou noutra coisa que é a coisa, se mudou.
Independente, intrasigente, e ainda
completamente indiferente ao que eu quis,
ao que eu fiz e ao que eu sou.
Eu
já fiz de tudo para definir a coisa.
E, engraçado, a coisa é tudo o que eu não sou.
Não desespero mais, sei que esperando
de vez em quando se a coisa muda
é porque algo em mim também mudou.
Então, espera um pouco por mim.
Já foi maior a aflição.
Eu já estive mais perdido
só de olhar o mapa da palma da mão.
E agora em casa penso já numa outra coisa,
não nessa coisa em que a coisa se tornou.

(há muita verdade nisto tudo)

A imagem que faltava



Porque passagem de ano sem fogo de artificio não é passagem de ano,não podia deixar passar o acontecimento (embora com uma atraso considerável) sem uma foto com o alto patrocínio do Miguel (visto que foi ele que a tirou).
Este bonito espectáculo (não comparável a um S.João no Porto) teve lugar no Coliseu e vista privilegiada do Circo Massimo.

9.1.10

R.I.P. Ca

Depois da passagem de ano e do regresso à normalidade na ReTu14, é hora de ir buscar os mais pequenos habitantes da casa (não contando com ácaros e "bichesas" assim..) o Ca e o Torze (os nossos peixes cor-de-laranja trazidos num domingo de Setembro do Porta Portese) à nossa fiel fish-sitter,no IPSAR...Bem,até aqui tudo normal,não fosse o Ca ter decidido por termo à vida (ou quem sabe ter tentado mudar de casa por má vizinhança...)Seja como for,lá voltou triste e sozinho o nosso pequeno Torze...
A história ainda não terminou...Ontem à noite,fui até à cozinha buscar um chá (que o Miguel muito gentilmente preparou) e qual não é o meu espanto quando vejo o aquário vazio...pois é,o Torze também tentou a fuga do aquário,ou desiludido com a vida de eremita solitário também ele tentou afogar-se em ar...desta vez sem sucesso pois,no derradeiro minuto,a versão dos peixes do super-homem lá o recolocou no seu habitat...

2.1.10

1º post do ano

Olá,olá!!
De volta à cidade que por estes tempos me acolhe...
Descobri na noite de despedida de 2009 que afinal o que queria mesmo era ter ficado em Portugal,mas como não se pode fazer nada quanto a isso aqui estou eu...a meia-noite italiana foi passada em Termini à espera do metro que nos levaria ao Coliseu...e à uma hora local festejamos de novo a entrada em 2010 (agora sim,na terra Natal) com uns portugueses (que graças não sei a quem aparecem sempre por toda a parte,saídos não se sabe bem de onde) que encontramos no caminho.
Bem,agora é tempo de começar a pensar de novo (e agora a sério) em estudar porque os exames estão mesmo aí ao virar da esquina...